Hoje estou feliz como já não estava há uns dias... a bem dizer, há uma semana!
Ficaram para trás os dias de aflição! Recordo agora como se de um sonho mau se tratasse, os vómitos e as diarreias. Aqueles dias em que ela já quase não comia com medo de vomitar. Quando começou a recusar até a água... quando o pouco que comia ou bebia ia enchendo fraldas e mais fraldas.
No domingo, achei-a demasiado mole. Tinha desaparecido a alegria, a agitação desta menina que, normalmente, não dá descanso a ninguém. Acordou sonolenta. Adormeceu passados 10 minutos. Ainda de manhã, enquanto estendia roupa levei-a comigo para a marquise e, em vez de correr de um lado para o outro e mexer em tudo o que não é suposto mexer, deitou-se no chão. Ia dormir outra vez.
Depois de um banho rápido voltou a vomitar um copinho de fruta que tinha comido 5 minutos antes. Não se animou com o primo de quem ela tanto gosta... chega! Voltamos às Urgências.
A minha flor estava tão murchinha! Diagnóstico: Gastroenterite aguda com ligeira desidratação (acompanhada de jejum prolongado). A sua menina tem de ser alimentada por soro nos próximos dias. Aqueles que fizerem falta até estar boa... curada.
Vi tirarem-lhe sangue. Ajudei a imobilizá-la para lhe colocarem o cateter. Acompanhei a aflição da enfermeira ao ver as veias da Gui rebentarem sem encontrar uma para pôr o soro. Segui com ela para o piso onde tiveram de tirar o cateter para procurarem nova veia. Veias que rebentavam, ela que gritava e eu... era a mãe por quem ela chamava mas que a agarrava, ao mesmo tempo, e deixava que lhe fizessem todas aquelas "maldades"...
Mas também estava lá quando começou a reagir. Quando sorriu novamente, quando pediu água. Quando pediu papa...
Estes dois dias no Hospital, dormir numa cadeira que nem conforto tinha para que lá estivesse sentada uma tarde inteira quanto mais para passar lá a noite, fez-me reforçar os laços com a minha linda e perceber que, embora no meio de tanto sofrimento, vale a pena ser mãe e receber um sorriso rasgado quando nos dizem que vamos para casa. Pensava que não entendias o que isso significava, mas a alegria e a cantoria mostraram-me o contrário...
Queria agradecer a todas as amigas que por aqui passaram para deixar uma forcinha para a minha Gui enquanto ela estava internada, a lutar por ficar boa depressa para poder voltar a fazer das suas traquinices! Sentimos o vosso apoio e estamos de volta... obrigada!